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domingo, 19 de outubro de 2014

Algo para meditar neste inicio de semana

ACABOU A ERA DA ABUNDÂNCIA DE ÁGUA


O jornalista americano Charles Fishman lança The Big Thirst, um novo livro sobre a água. Sua obra anterior, The Wal-Mart Effect, foi eleito o “livro do ano” pela The Economist em 2006 e um dos finalistas do prêmio Financial Times para o melhor livro de economia. Ele aborda o tema da água nesta entrevista.
O sr. diz que não teremos mais água que tenha ao mesmo tempo três qualidades: ilimitada, barata e segura. Por que não?
Fomos mimados. No mundo desenvolvido foram construídos, há cem anos, os sistemas de abastecimento mais bem projetados e realizados. Funcionaram tão bem que fizeram das nossas cidades centros urbanos viáveis, criativos, saudáveis e vibrantes do ponto de vista econômico. Esses sistemas se tornaram tão perfeitos que permaneceram – até hoje – invisíveis.
Quando abrimos a torneira, pressupomos que a água esteja ali, pronta, e que a rede de abastecimento enterrada no solo esteja funcionando. Ambos os pressupostos estão ultrapassados. O crescimento populacional, o desenvolvimento econômico e as mudanças climáticas sobrecarregam o fornecimento.
Portanto, teremos de nos despedir do consumo despreocupado e ingressar numa era de utilização racional da água. Por que regamos as plantas ou damos descarga nos banheiros com água tratada e potável?
Sua posição sobre os inconvenientes do emprego da água potável me lembram da questão do estacionamento. Achamos que o estacionamento gratuito é ótimo, mas ele causa problemas – como esperar para encontrar uma vaga e trânsito pesado. De que maneira o sr. tentaria convencer alguém de que a água gratuita é na realidade uma coisa ruim?
A água não é de graça. As pessoas dirão: “Eu pago a conta d”água, US$ 30 por mês, não tem nada de graça!” Bem, é quase. Meio litro de água engarrafada custa US$ 0,99. A conta média da água de uma família, nos EUA é de US$ 34. Portanto, temos água em casa todos os dias para tudo, do banho ao preparo de alimentos, por US$ 1 por dia.
A água de graça – tão barata que nunca paramos para pensar no seu custo – é um desastre. Quando alguma coisa é de graça, o conceito é de que ela é ilimitada. A água gratuita leva a desperdício. Produtores rurais e gerentes de fábricas e hotéis nunca se preocupam com a quantidade de água que usam e com seu uso inteligente. Água barata significa também que as empresas das quais dependemos para o seu fornecimento nunca têm dinheiro para se modernizar ou encontrar reservas.
Se fosse possível mudar alguma coisa para resolver o problema da água – uma melhor gestão do meio ambiente ou o fornecimento a quem não tem -, seria o preço. Nós podemos pagar um pouco mais com o nosso notável sistema. Mas teremos problemas se deixarmos que ele se torne obsoleto.
Suponho que cobrar mais pela água não resolveria os problemas do mundo em desenvolvimento. Aumentar o acesso à água potável não exigiria uma outra mudança?
O fundamental na questão do custo da água é o seguinte: as pessoas pagarão pelo fornecimento de água segura, acessível e que as liberte da escravidão de terem de caminhar ou de fazer fila para consegui-la.
Visitei um bairro de Nova Délhi chamado Rangpuri Pahadi. Seus 3,5 mil habitantes vivem com US$ 100 por mês. Estavam tão desanimados por ter de ficar na fila horas a fio todos os dias que criaram sua própria rede em miniatura. Fizeram uma campanha para angariar contribuições – um gasto enorme para pessoas cuja renda diária é US$ 3 -, perfuraram poços e instalaram canos que saem de um tanque de armazenamento até a choupana de cada família.
Os que querem água pagam por ela cerca de um dia de salário por mês. A água fornecida pela empresa recém-criada é melhor que a da rede pública e está disponível na hora certa. Eles pagam o equivalente aos US$ 150 por mês que uma família americana pagaria.
O dinheiro não é a única solução – o custo da guerra no Iraque seria suficiente para criar redes de abastecimento para todas as pessoas da Terra. O problema real é humano: ajudar as pessoas a dispor de um sistema confiável é mais difícil do que parece. O problema não está na tecnologia ou nos recursos, mas na vontade política e no conhecimento da cultura.
No nosso país, alguma comunidade descobriu como usar a água de modo mais econômico? 
Os produtores agrícolas usam 15% a menos de água que há 30 anos e plantam 70% a mais. A produtividade da água dobrou desde 1980. As usinas hidrelétricas usam menos água que há 30 anos e geram mais eletricidade.
Visitei uma fábrica de semicondutores da IBM que, em dez anos, reduziu em 29% o uso da água ao mesmo tempo que aumentou a produção em 33%.

Orange County, na Flórida, há 25 anos tornou obrigatório o emprego da água de reúso nas novas construções. Hoje, a quantidade de água de reúso bombeada diariamente é quase igual à de água potável. O condado dobrou de tamanho, mas não precisou dobrar a quantidade de água potável. /
 
 NYT. TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA
Atenção este artigo foi escrito em 2011, veja o link abaixo.
 

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,acabou-a-era-da-abundancia-de-agua-imp-,719380

A CRISE DA ÁGUA NO MUNDO

 
Aproxima-se mais um dia mundial da água em 22 de Março 2015, e novamente será pelo menos por um dia dado destaque a um problema que está levando o mundo a uma crise de dimensões inimagináveis.
Apenas 0,65% da água do planeta é potável. Os recursos hídricos são esgotáveis e estão sendo rapidamente poluidos. Mais de 1,2 bilhões de pessoas no mundo não tem acesso seguro à água potável.
 
Dois meninos sudaneses bebem água equipados com tubos de plástico fornecidos pelo Centro Carter para se precaverem contra as larvas de veiculação hídrica, que são responsáveis por doenças do verme da Guiné. O Programa já distribuiu milhões de tubos e reduziu a propagação desta doença debilitante em 70%


Soldados chineses examinam a água engarrafada após cidade de 3,8 milhões de moradores perderem o acesso à água potável. A falta de água leva ao pânico e os preços sobem.

Mais de 2 bilhões de pessoas no mundo dependem de poços d’água, como esses aldeões quenianos no Patê Island, dedicam inúmeras horas para coletar e transportar o valioso recurso.

A Índia com uma população de mais de 1,1 bilhões de habitantes está a caminho de ultrapassar a China como o país mais populoso do mundo. Apesar da economia do país crescer rapidamente, eles enfrentam problemas sérios com saneamento básico e água potável. O Banco Mundial estima que mais de 20% das doenças transmissíveis na Índia são relacionadas à água imunda.

Unidade de dessalinização na Espanha para tornar a água potável. O país possui 700 usinas de dessalinização para produzir 800 milhões de litros anuais.

No Brasil a desertificação já atinge 7 estados e 30 milhões de pessoas. Além do Nordeste, problema afeta áreas em Minas Gerais e Rio Grande do Sul, o que significa 15% do território brasileiro ou, 1,3 milhão de km2

Em São Paulo os Rios Tiête e Pinheiros acumulam atualmente 4,2 milhões de metros cúbicos de sedimentos, volume que corresponde a 350 mil caçambas de caminhão

 
 

 
Aqui onde moro a  muitos anos, nunca vi racionamento de aqua, principalmente por morar no centro da cidade, onde existem muitos Hospitais, Escolas, e um Comércio intenso. Esta semana foi colocado este anuncio no nosso elevador.
Vamos meditar? Como podemos colaborar? Sabemos como, mas estamos fazendo assim?  Ou estamos desperdiçando?
Lembre-se




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